Desenhista brasileiro sabe que mesmo não gostando de inglês, depende de entender ao menos alguma coisa, se quiser estar antenado nas novidades; mas, às vezes nem o básico ele dá conta.
“Photoshop”, “sketchbook”, “clean-up”, “lineart”, entre muitos outros, são termos que aos poucos vão fazendo parte da vida do desenhista, e das demais pessoas, seja do Brasil ou de qualquer outro lugar do mundo; afinal, vivemos num mundo extremamente moldado pelos padrões norte-americanos. Mas para mim, que mesmo na infância já tinha dificuldade em falar corretamente, tive uma considerável dificuldade com o inglês, mesmo aprendendo um pouco na escola. Esse foi um entrave que fui entender melhor quando compreendi que em geral, as pessoas com uma natureza artística tendem a estimular mais o hemisfério direito do cérebro, lateralidade que emana uma personalidade mais imaginativa, holística, intuitiva, enquanto que a maioria, que estimula o hemisfério esquerdo, possui características mais relacionadas a cálculos, ordenação de tarefas, lógica, principalmente linguagem.
Apesar de não ser bom no idioma inglês, mas depender dele para traduzir e entender alguma coisa; acabo que, mesmo sem querer, extraindo situações engraçadas que mais tarde dão origem a uma brincadeira, tira, ou até mesmo post, como já fiz aqui no Desenho Online. Games, por exemplo, são um prato cheio para se criar piadinhas, até porque os nomes dos personagens, itens, lugares, entre outras coisas; muitas vezes se assemelham a alguma coisa do nosso cotidiano; uma semelhança que na grafia ou na fonética nos tira muitas risadas. Pode ser algo bem pessoal, mas para mim trocadilhos e semelhanças entre as línguas criam situações muito divertidas. E talvez seja por isso que eu gostava tanto do programa da Escolinha do Barulho, mais especificamente quando aparecia a memorável Elvira Alfacinha, com seus trocadilhos misturando o português e o idioma inglês.