As 10 maiores dores dos desenhistas e como combatê-las

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Os desenhistas enfrentam várias desafios em sua prática artística, entretanto, essas maiores dores dos desenhistas podem ser tão problemáticas, que podem literalmente paralisar o desenhista, a ponto inclusive dele repensar sua carreira, ou o seu passatempo. Saiba aqui quais são e conheça melhor o problema!

Pelo fato de que desenhar envolve muitas habilidades e processos cognitivos do desenhista, concomitante a todo o seu entorno, esta atividade pode ser extremamente prejudicada pelo lado negativo de algumas variáveis que o desenhista pode ou não ter consciência. Isso engloba: dificuldades técnicas; carência de algumas virtudes; crenças limitantes; condicionamentos; problemas sociais; entre outros.

E a seguir vai uma explanação de cada ponto, para que você possa inclusive entender como alguns problemas podem minar a sua energia, ou seu sucesso no desenho.

1) Bloqueio criativo

Às vezes, os desenhistas podem se sentir presos e incapazes de gerar novas ideias ou de criar algo original. Isso pode ser frustrante e desanimador; afinal, sem ideias o desenhista se sente paralisado.

Esse é um ciclo que está presente em diferentes momentos da vida do desenhista; entretanto, alguns conseguem sair quando aprendem ou lembram que é necessário mudar algumas diretrizes na sua forma de desenhar e estudar desenho. Portanto na iminência do problema, tente olhar as dificuldades por pontos de vistas diferentes para ver outras possibilidades. Há casos em que você pode consultar ou ver o modo que outros desenhistas trabalham, para perceber soluções diferentes do que está acostumado. Inclusive fazer uma atividade diferente para relaxar e mudar os pensamentos, limpar a mente, tal como: jogar um vídeo game, jogar futebol, assistir um filme, enfim; algo que irá limpar algum condicionamento mental que o impede de seguir adiante.

2) Autocrítica excessiva

Os desenhistas muitas vezes são seus próprios críticos mais severos. Eles podem ficar insatisfeitos com seu próprio trabalho, mesmo quando os outros o admiram. Isso pode prejudicar sua confiança e motivação.

A crítica, de um modo em geral é um dos problemas mais doloridos para o desenhista, dado que, se já existem muitos críticos para criticarem o desenhista, ser autocrítico é um grande tiro no pé por turbinar o problema, afinal ele não só vai perder ainda mais a motivação, como irá também cultivar um hábito danoso. Para quem se torna autocrítico ao se comparar com outros, é importante lembrar que cada pessoa tem um tempo para aprender algo, ainda que se tenha a disposição um bom método. É por isso que a autocrítica, quando vem desencadeada por uma comparação, pode ser extremamente injusta; pois, há casos e casos, e não se pode comparar a evolução das pessoas no desenho como se elas fossem robôs. Cada um tem pontos fortes e fracos; e que demandam mapeamento para saber e desenvolver o que lhe falta. Muitas vezes as críticas são apenas uma visão fantasiosa, uma distorção.

3) Técnica aprimorada

Dominar técnicas de desenho leva tempo e prática constante. Desenhistas podem se sentir frustrados quando suas habilidades não correspondem às suas visões artísticas.

Algumas técnicas requer valores e técnicas que ainda não fazem parte do cabedal do desenhista em questão, e por isso existem alguns choques de realidade que ele precisará reconhecer e lidar. Por exemplo, o desenhista que é muito perfeccionista. Este, quando quer se dedicar a um desenho mais livre, como o cartum, pode ter dificuldade em desenhar este quando é preso a um traço rígido, de querer sempre apagar para manter algo perfeito, e assim perde tempo por não deixar fluir um traço mais solto sem ficar apagando, e que consequentemente seria mais interessante para fazer um desenho mais expressivo; afinal, deixar o traço fluir conta muito. Aprimorar a técnica vem da repetição, e não da lamentação.

4) Comparação com outros artistas

O mundo digital permite que os desenhistas compartilhem seu trabalho facilmente, o que pode levar à comparação constante com outros artistas. Isso pode minar a autoestima e a autoconfiança.

De fato algumas pessoas desenham muito bem logo cedo, e outros mesmo querendo e treinando a bastante tempo não conseguem um resultado que se sinta satisfeito. Mas é importante frisar que cada pessoa, mesmo sendo um bom desenhista, se especializa em algo naturalmente; assim o seu ponto forte é um determinado estilo, e não outro. Há valores e habilidades que alguns colegas cultivam desde jovens, ou lhes é inato, vantagens que os coloca na frente de outros, e, se a ideia do desenhista é querer acelerar isso, não será só questão de desenhar somente, mas de cultivar algumas competências extras que seus colegas mais desenvolvidos já possuem, assim temos uma missão de aperfeiçoamento que só ajuda se empenhar, e não ficar alimentando uma baixa estima de si.

5) Sobrecarga de informações

Com a grande quantidade de tutoriais, referências e estilos disponíveis online, os desenhistas podem se sentir sobrecarregados ao tentar encontrar sua própria voz artística.

O melhor conselho é, pegue um estilo de desenho, ou mesmo um autor que tenha sentido firmeza, e siga em frente, sem ficar dispersando com outros materiais. Existem tantos materiais que você pode até ficar sem um rumo de estudo, e até no final não sair nada.

6) Equilíbrio entre trabalho e lazer

Muitos desenhistas trabalham como freelancers ou em carreiras relacionadas, o que pode levar a longas horas de trabalho e dificuldade em separar o tempo pessoal do profissional. Se você não se organizar e não ter claro a importância de cada coisa que está fazendo, provavelmente vai dar importância injusta ao trabalho e ao lazer, e consequentemente colher problemas sérios de motivação. Somos humanos, e tudo que pende ao extremo, gera desarmonias.

7) Mão cansada

Desenho é uma atividade manual intensiva e pode causar fadiga nas mãos e punhos, especialmente durante sessões prolongadas.

Existem pessoas mais tensas, outras mais relaxadas, algumas que possuem um costume que não é nada ergonômico, e assim começam a desgastar-se na atividade no longo prazo. Caso você tenha visto que há algo errado, corrija enquanto é tempo, pois a rotina irá mostrar problemas mais sérios no futuro, ou até dependendo da intensidade, em breve. Tente observar o modo que outras pessoas desenham, para saber se sua postura está destoante, se há algo que está fazendo erroneamente.

8) Aceitação e reconhecimento

A busca por reconhecimento e aceitação por parte dos colegas de profissão, e do público em geral pode ser desafiadora e, por vezes, desanimadora.

Óbvio que desenhista faz um trabalho que é para ser mostrado e quer reconhecimento, mas como isso pode levar tempo, é preciso paciência para começar a ganhar aprovação das pessoas. As vezes nem é questão de ser só bom, mas de entregar ao público certo. Além de paciência, é importante aprender a se posicionar como profissional, afinal, muito da aceitação e reconhecimento depende de como você vende o seu peixe, como bem abordo no meu livro “Desenhista Como Ganhar Dinheiro Com Seu Talento“. Mesmo tendo um bom trabalho, não quer dizer que você terá sucesso, e por isso as dicas de empreendedorismo estão aí para lhe ajudar a melhorar isso.

9) Adaptação às mudanças tecnológicas

A constante evolução das ferramentas e softwares de desenho pode ser um desafio para os desenhistas, especialmente aqueles que estão acostumados com métodos tradicionais.

Quem acompanha as últimas tendências, deve saber que adaptar às novidades é necessário, principalmente se você não quer ficar de fora do mercado. Leia, estude, e seja mais flexível para não ser jogado para escanteio.

10) Pressão por encomendas e prazos

Desenhistas profissionais muitas vezes têm que lidar com prazos apertados e expectativas dos clientes, o que pode ser estressante e afetar a qualidade do trabalho.

Eu mesmo muitas vezes tento pensar em prever um imprevisto; pois, ter de entregar um desenho num tempo apertado, é extremamente estressante. Portanto, antes de dar o prazo a um cliente, pense com carinho em cada ação que você precisará para concluir o desenho, é preferível estender um pouco o prazo para além do que acha que irá gastar, e ter flexibilidade para reduzir depois. Enquanto escrevo esse post, lembro-me de que acabo de entregar um trabalho com essa mentalidade; o cliente ficou feliz de ter recebido antes do que estipulei, e eu não precisei correr com o trabalho..

É importante lembrar que essas dificuldades podem variar de pessoa para pessoa e que, apesar dos desafios, muitos desenhistas encontram maneiras de superar essas dificuldades e continuar a desenvolver suas habilidades artísticas.

Fonte da imagem: Pixabay

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