No início deste ano o ilustrador havia sofrido uma queda em casa, na zona norte de São Paulo, que logo lhe provocou um traumatismo craniano. Devido ao traumatismo, o ilustrador teve de passar por uma cirurgia neurológica, mas logo depois de 10 dias, recebeu alta. Durante sua recuperação, perdeu parte da memória, mas até reconhecia parentes e conseguia ler; porém, apresentou um quadro de desidratação e voltou da clínica de recuperação onde estava para o hospital Mandaqui. Devido a uma série de complicações, o ilustrador entrou em um quadro de insuficiência renal, e na tarde desta segunda feira, ele veio a falecer, aos 68 anos.
Seu corpo foi sepultado ontem (dia 11), no cemitério Parque da Cantareira (zona norte de São Paulo). Jayme deixou sete filhos, sete netos e um bisneto.
Carreira
Jayme era autodidata, e mesmo sem cursar a escola primária, começou a trabalhar aos 15 anos no jornal carioca “Liga”. No início da ditadura, trabalhou como alfaiate e serralheiro. Começou a ilustrar para a editora Brasil América onde produzia histórias em quadrinhos. Logo se aproximou da publicidade; mas, depois de anos, abandonou a carreira por não suportar a ideia de “ganhar dinheiro mentindo”, segundo sua filha e também jornalista, Lídice Leão.
Jayme já ilustrou veículos de comunicação como “ISTOÉ”, “Veja”, “Folha de S.Paulo” e o “Estado de S. Paulo”. Trabalhou por 12 anos como ilustrador e editor de arte na Editora Ática; onde realizou diversas ilustrações de capas da coleção Vagalume; entre elas as capas assinadas por Marcos Rey.
Com certeza ele ficará na lembrança de muitos, principalmente daqueles que se maravilharam com a coleção Vagalume. Vai com Deus Jayme, descanse em paz.