A sua missão no ofício desenhista talvez mude os rumos da sua vida. Mas será mesmo que é importante refletir sobre isso? É o que vamos tratar!
Descobrir sua missão na vida pode ser um processo desafiador, ainda mais se tratando de ser específico com uma tarefa ou dedicação que não sabemos ao certo onde iremos chegar; afinal, quem disse que temos uma missão no ofício desenhista? Nossa consciência, nosso entorno, ou eu, o Mateus? Na verdade já ouvimos isso em algum lugar. Claro, o desenho pode ser uma ferramenta útil para ajudar a explorar essa questão, mas não é decisiva, e é por isso que é preciso refletir sobre o assunto, porque mesmo que cada pessoa tenha uma história diferente, muitos na verdade tiveram em alguma medida os seus sonhos ganhando vida através do desenho ou inspirando outras pessoas, e consequentemente mudando os rumos de vida de outras pessoas, seja por um viés profissional, amador, ou social. E existem resultados que são naturalmente valorizados e buscados por ambas as partes, seja do desenhista, ou de quem confere seu trabalho.
Talvez a resposta esteja em nosso dia a dia, e independente da sua crença, e vou explicar de uma forma pragmática. Desenhar, assim como qualquer outro ofício, nos leva a um direcionamento de ações que possuem uma ligação em comum. Você já deve ter sido naturalmente rotulado por alguém por apresentar comportamentos semelhantes a de um grupo de pessoas, tal como o rótulo de “o artista”. É um rótulo que pode lhe ajudar a compreender que suas ações o levam a uma conclusão no senso comum, e o fato de ser reincidente essas afirmações, já demonstra haver um direcionamento forte em sua conduta, em seu trabalho, seja o desenhista, o pintor, o dançarino, o músico, entre muitos outros, pois possuem características que demonstram haver uma natureza sensível, que instiga outras pessoas a enxergarem princípios ou a compreender ensinamentos que de certa forma se dão de uma maneira atípica, ou fora do padrão. O desenhista, por exemplo, tende a desenvolver valores como: criatividade, pesquisa, observação, disciplina, entre muitos outros; e através do seu trabalho vai magnetizando outras pessoas por uma linguagem diferente. Não é a toa aquela famosa frase “Entendeu, ou quer que desenhe?”, porque o desenho em si possui um potencial diferente e especial de transmitir uma mensagem, ele facilita o entendimento.
Alguns levam o desenho apenas como passatempo, e ainda que não reflitam sobre os pontos que de fato o levam a praticar a atividade, sabem que fazem isso para alcançar algum benefício, seja pela satisfação de criar algo, para levar uma mensagem a alguém, ou porque a atividade traz benefícios particulares e que o beneficia de alguma forma. Profissionalmente falando, ele pode ir além dos seus próprios benefícios porque descobriu que pode ser útil aos demais e receber dinheiro em troca disso. Alguns podem usar o desenho para uma atividade social, ou seja, ajudar alguém a aprender a desenhar ou mesmo usar sua habilidade para se voluntariar a uma proposta.
Em síntese, buscamos dar sentido nas coisas que fazemos, e, apesar disso ser natural, vai soar conforme nossa consciência; pois, alguns levam o desenho com uma seriedade memorável, e outros apenas como passatempo, mas isso não quer dizer que você vai preocupar demasiado com isso; você está sendo somente você. Quando é forçado, óbvio que não flui saudavelmente, e mesmo que seja estendido, vai aos poucos mostrando problemas e gerando desistências. Mas muitos de nós desenhistas insistimos num caminho porque sabemos do valor, enquanto outros podem desprezar tal caminho por serem imbuídos de inúmeras crenças limitantes, e nem sempre é uma escolha consciente.
De qualquer modo, se você se identifica com este empenho, e quer melhorar a sua compreensão sobre essa missão, segue aqui algumas sugestões para usar o desenho para descobrir sua missão. Sim, a sua personalidade pode ter alguns vícios, mas há uma necessidade que clama por ser atendida, ainda que isso beneficie também os demais.
Faça uma lista de temas que você está interessado em explorar através do desenho. Por exemplo, se você é fascinado pela natureza, pode querer desenhar paisagens ou animais. Se você está interessado em questões sociais, pode querer desenhar figuras humanas que representem diferentes aspectos da vida e como isso pode ajudar as pessoas.
Depois de ter sua lista, comece a desenhar. Não se preocupe se o resultado final não é perfeito. O objetivo é explorar diferentes temas e ideias através do desenho.
Preste atenção ao que você está desenhando e como isso faz você se sentir. Você sente uma conexão com certos temas ou estilos de desenho? Há algo que você está constantemente desenhando que poderia indicar uma paixão ou um interesse em uma determinada área?
Tente analisar suas criações e encontrar algum significado oculto. Talvez haja um padrão nas suas escolhas de cores, formas ou composições que possa indicar algo mais profundo sobre suas paixões ou interesses.
Considere compartilhar seus desenhos com outras pessoas e pedir feedback. Eles podem ser capazes de ver algo em suas criações que você não percebeu, e isso pode ajudá-lo a ter mais clareza sobre seus interesses e habilidades.
Tente pensar em como seus interesses e habilidades podem ser aplicados em um contexto maior. Como você pode usá-los para fazer a diferença na vida das pessoas? Isso pode ajudá-lo a definir sua missão na vida e a encontrar um propósito mais significativo através do desenho.
Vale lembrar que nós somos também feitos de ciclos, às vezes uma necessidade específica surge, porque outra está morrendo. Nos transformamos pela bagagem que vamos adquirindo, mesmo que os princípios ainda sejam os mesmos, e essa otimização vai na verdade levando-nos cada vez mais adiante em nosso aperfeiçoamento pessoal.