O titulo deste post faz alusão à expressão inglesa, assim como os demais memes que tem circulado nos últimos tempos pelas redes sociais. Desta vez usamos essa expressão para alertar você, que vive há bastante tempo pensando em ganhar dinheiro com desenho, mas não conseguiu reconhecimento e vive reclamando que as pessoas não valorizam sua arte.
Sinto muito; isso não é mentalidade de artista, se ainda não deu certo, é necessário que você avalie o nível do seu trabalho e a forma que está fazendo e promovendo sua arte; leve também em consideração que nem todas as pessoas tem mentalidade do que é arte. Se quer ser um artista, vai ter de aprender a conviver com as adversidades, com as críticas, com a rejeição; artistas são como guerreiros, que lutam por seus ideais de arte e sabem sustentar isso sem baixar o nível. O artista muitas vezes não se importa em caprichar um pouco a mais no serviço que lhe foi encomendado, ele faz isso para preencher uma necessidade interna; oferecer o que ele têm de melhor.
Se seu trabalho é realmente bom e mesmo assim existe alguém, ou grupo de pessoas que realmente não o consideram, você está apresentando seu trabalho ao público errado; dificilmente conseguirá fazê-los mudar de opinião, mas é importante expor sua visão e o real valor do seu trabalho. Caso o contrário, verifique se o nível do seu trabalho está realmente bom, seja humilde em reconhecer que você ainda não está pronto, as pessoas não precisam engolir a força um trabalho ruim.
De qualquer modo, lembre-se sempre de divulgar seu trabalho. Se seu público está perto, faça a divulgação necessária, seja por um cartão de vista ou panfleto, blog-site, e principalmente pelo contato pessoal (com aquele seu amigo que admira seu trabalho, ele vai fazer questão de apresentar seu trabalho a outras pessoas).
Outra coisa que é importante ressaltar; ganhar dinheiro com arte, costuma ser uma das vantagens que se desprendem naturalmente pelo esforço do artista; procurar a arte para ganhar dinheiro é perder tempo, se já difícil encontrar um bom artista, quem dirá ganhar dinheiro com uma coisa que não tem a ver com sua natureza, logo não conseguirá sustentar isso por muito tempo acabará desistindo.
Esses são apenas alguns conselhos meus aos que realmente gostam de desenhar e pensam viver desta arte; portanto leia bastante, informe-se, treine, reconheça o seu nível; ser um artista profissional demanda muita perseverança não só para aprender a técnica com também para levá-la até outras pessoas.
Até mais pessoal! 😉
3 comentários sobre “Quer ganhar dinheiro desenhando, mas “não dá o sangue”. “Poser”!”
Eu sempre desenhei desde pequena, meu pai diz que já notava a minha facilidade quando eu desenhava meninas com vestidinhos detalhados com rostinhos delicados e ficava pasmo com a pintura que fazia pois não deixava passar nenhum risco de papel por fora do desenho. Meu pai me presenteava com lápis de cor, canetinhas e aquarelas, e assim fui desenvolvendo a minha habilidade com o desenho. Aos 13 anos de idade fiz o desenho do rosto de uma pessoa e meu pai me perguntou se eu gostaria de estudar desenho, e lá fui eu, fazer curso de desenho, o meu estilo é o desenho realista, desenho com lápis à grafite, de cor e pastel seco. Nunca pensei em fazer artes plásticas mais pelo mercado de trabalho, optei por fazer Publicidade e Propaganda e me arrependo até hoje, foi ótimo para que eu entrasse no mercado, mas não é realmente o que eu gosto! Sou Designer Gráfica, mas prefiro mil vezes meu papel, lápis, giz e tintas. Tomei gosto pela confeitaria artística e percebi que poderia ganhar dinheiro com isso e com certeza ficaria mais feliz! faço doces e bolos personalizados e decorados com modelagens de vários temas. Tentei tanto fugir da minha veia artística pensando no mercado de trabalho e hoje me arrependo muito pois até meus 30 anos eu não era feliz profissionalmente. Hoje com 31 para fazer 32, estou feliz, recomeçando, não está sendo fácil, mas irei progredir e prosperar futuramente, estou trabalhando para isso. Enquanto o desenho, voltei a desenhar e a estudar artes, quero encher minha casa de obras minhas, quem sabe, não sei qual o critério de avaliação de um quadro, mas quem sabe meus descendentes não conseguem se dar bem com eles futuramente? só sei que desenhar é o que mais me relaxa e voltar a desenhar é voltar em um tempo perdido…
Bacana seu pai estimular desde pequena Laís. De qualquer modo você está recomeçando, e como gostaria; isso com certeza é bem positivo, pois você quer ser aquilo que profundamente sempre sentiu, quis. Boa sorte na sua empreitada e um grande abraço!
Guilherme Dable: Tive a sorte de crescer em uma família interessada em arte. Meus pais sempre frequentaram museus e me levavam junto. Tive a oportunidade de morar fora do país quando era criança e lembro de ser muito estimulado nesse sentido, visitando museus e locais históricos – e lembro-me de gostar muito disso, de achar fascinante estar naqueles lugares. Depois disso, o interesse seguiu naturalmente, mas só fui focar nas artes visuais como uma possibilidade de prática a partir de 2005. Antes disso, trabalhei no mercado publicitário e fui baixista de diversas bandas. Até meus catorze anos eu desenhava muito, mas parei de desenhar quando descobri o rock. Ao deixar a Tom Bloch [banda que eu integrei entre 1998 e 2004], me voltei novamente para o desenho, e em seguida fui cursar a graduação em Artes Visuais na UFRGS, onde recentemente concluí o mestrado. Agora, o que me levou para a arte foi uma saturação da vida que eu levava trabalhando com publicidade. Estava ficando muito claro que as questões que me interessavam e que eu gostava de estudar, não eram compatíveis com a minha profissão. Após a decisão de deixar a banda, o desenho foi ocupando espaço na minha vida de tal maneira que a possibilidade de trabalhar com isso, em tempo integral, passou a fazer muito sentido. E a partir de então entrei em um processo de mudança, encontrando maneiras de ganhar dinheiro com desenho enquanto estudava arte. Trabalhei [e ainda trabalho] como ilustrador, para o mercado editorial, que é um ótimo respiro para a minha prática de ateliê.